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Sintufs lamenta cancelamento da redação do Vestibular EAD da UFS

Data de Publicação: 13/08/2025

O Sintufs estranha e lamenta a decisão da UFS de cancelar a prova de redação do vestibular para graduação na modalidade EAD, aplicada no último domingo (10). Tratava-se de um tema de relevância nacional, embasado por fontes de circulação ampla e dados concretos, que estimulava a reflexão crítica sobre fatos recentes da história política brasileira.

Um dos excertos foi retirado de matéria publicada na coluna Maquiavel, da revista Veja, e o outro do site da revista Fórum. Ambos, retirados de obras e periódicos de circulação nacional, serviam como disparadores para que os candidatos refletissem livremente sobre a temática proposta, podendo se posicionar a favor ou contra, desde que dentro de uma linha de argumentação que considerasse o respeito e os direitos humanos.

O debate é urgente, especialmente em um país que, há pouco mais de dois anos, viveu o 8 de janeiro, que foi uma tentativa de golpe de Estado e ataque às instituições democráticas. 

Além disso, nos últimos anos, figuras ligadas ao governo Bolsonaro protagonizaram episódios simbólicos graves, como o gesto de supremacia branca feito pelo ex-assessor Filipe Martins no Senado e o vídeo oficial do então secretário da Cultura Roberto Alvim, que reproduziu trechos e estética de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Esses fatos evidenciam que o avanço de ideologias extremistas no Brasil é real e precisa ser enfrentado com informação e debate.

Não se pode ceder à pressão da extrema direita para censurar tudo que não siga a sua cartilha opressora. Para esse setor, qualquer reflexão que não seja espelho do próprio discurso é tachada de “ideológica” ou “doutrinadora”. 

O papel da universidade é justamente o contrário: promover pensamento crítico e livre e a reflexão, sem recuar diante do medo ou de tentativas de silenciamento.