Gestão da UFS mantém irregularidade em concurso público

Após a abertura de um processo, envio de ofício público e documentação dos Conselhos Regional e Federal de Medicina Veterinária, além da publicização da denúncia sobre a irregularidade na exigência de especialização para o cargo de médico veterinário, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) prorrogou hoje (29) o prazo de inscrição para o concurso de provimento de vagas dos cargos de Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs). No entanto, a instituição não corrigiu o equívoco que vai contra a lei de regulamentação da profissão em questão.

A justificativa apresentada pela gestão da UFS para a prorrogação refere-se à ampliação do número de vagas para alguns cargos. Entretanto, após verificação feita, tanto antigo edital quanto no mais recente, fica-se evidente que NÃO HOUVE O AUMENTO DO NÚMERO DE VAGAS, o que torna o argumento sustentado inverídico. A únicas retificações feitas dizem respeito aos requisitos exigidos para o exercício de algumas profissões, como a de técnicos em Biologia. 

Já sobre o equívoco relacionado à exigência de especialização para o cargo de médico veterinário permanece inalterado, apesar de ter sido apontado de várias maneiras como uma violação da lei. A matéria divulgada no site da instituição destaca a importância do concurso para o desempenho de “funções essenciais na formação de futuros profissionais e no avanço do conhecimento científico”. No entanto, essa ênfase é contraditória diante da aparente falta de conhecimento da UFS sobre a regulamentação das profissões, uma vez que continua exigindo uma especificidade onde a lei não a permite.