Sergipe é o país do forró, mas UFS desconhece cultura junina!

Viemos observando, de forma reiterada, a reitoria de nossa universidade agir de maneira desrespeitosa quando se trata de liberação de servidores(as) (leia-se: os/as técnicos administrativos/as) e trabalhadores(as) terceirizados em feriados que possuam dias que podem ser dados pontos facultativos.
O último episódio ocorre no dia de hoje (23), véspera de São João, data importante para os festejos juninos na região nordeste.
A Lei 14.555/2023 reconhece, como manifestação cultural nacional, as festas juninas, dada a importância da mesma para o Brasil. O contexto sociocultural dos festejos juninos no Estado de Sergipe são de grande relevância, com a ocorrência de eventos culturais por diversos municípios sergipanos.
A Universidade Federal de Sergipe, enquanto instituição que deveria prezar, valorizar e ser uma das primeiras a reconhecer essa importante manifestação cultural brasileira e, antes de tudo, cultural e local, vem agindo na contramão, mesmo quando há pontos facultativos em outras esferas do governo.
Ficou evidente tal fato quando a Progep determinou expediente normal para o dia 23/06, enquanto outras instituições já haviam emitido antecipadamente portaria do ponto facultativo. Foi somente na manhã de hoje (23) que a UFS publicou a liberação das atividades a partir do turno da tarde, demonstrando uma prática que contraria o respeito "a importância cultural e religiosa que os festejos juninos representam à nossa tradição".
Dia 28 será outra data de relevância cultural para o Brasil e queremos ver como a gestão da UFS agirá. Coerência exige que palavras sejam acompanhadas de ações. É incoerente essa prática institucional de planejamento tardio de suspensão de atividades em datas comemorativas historicamente cultuadas em nossa região numa perspectiva de culto ao produtivismo do trabalho. 
Não adianta escrever texto reconhecendo respeito às tradições e emitir documento "em cima da hora" desfazendo ordem anteriormente dada para a não liberação dos/as servidores/as na véspera de São João.
Sabemos que a contradição e incoerência, desde a prática eleitoral, acompanham a gestão atual da UFS, mas, nós do SINTUFS, sempre nos colocamos como voz para denunciar tais práticas.

Que nossas raízes culturais que identificam nosso povo nordestino possam ser sempre respeitadas na UFS, dando o direito à comemoração aos seus(as) trabalhadores(as).