TRANSformação e inclusão para além do Dia do Orgulho

O orgulho não é vaidade.
É, por vezes, sobrevivência.
É o grito de quem precisou resistir ao silêncio, ao medo, ao desprezo.

Hoje, 28 de junho, lembramos a revolta de Stonewall, mas também todas as pedras que ainda atravessam a nossa comunidade.
O Sintufs se soma a essa luta com o compromisso de não deixar que o arco-íris seja apenas um enfeite de data comemorativa.

No contexto da universidade pública, onde atuamos enquanto sindicato, o orgulho precisa ser transformado em política. E a política, em acolhimento, reparação, para que assim aconteça uma mudança concreta.

Vamos a um recorte que nos ajuda a dimensionar (e refletir sobre) a exclusão: não há nenhuma pessoa trans entre as técnicas e técnicos-administrativas(os) em educação (TAEs) da UFS.
Não por falta de capacidade, mas por falta de acesso.
Por uma exclusão que começa muito antes, quando pessoas trans sequer conseguem concluir a educação básica. Por uma expectativa de vida que não chega aos 40 anos.

A ausência é prova. Prova da urgência de políticas afirmativas, como as cotas para pessoas transsexuais na universidade. Na graduação, na pós, e também no acesso aos cargos do serviço público.

O Sintufs defende que o orgulho vá além da postagem.
Se torne política de inclusão.
Se torne edital.
Se torne concurso.
Se torne vida longa.
Se torne presença.

Nosso papel não é apenas lembrar. É lutar para que um dia todas as letras da sigla estejam também nos quadros da universidade. E que estejam bem e vivas.

Enquanto houver exclusão, haverá luta!

Enquanto houver orgulho, haverá resistência!